Na Espanha, 90 em cada 100.000 pessoas têm esclerose múltipla, aumentando para quase o dobro nos países nórdicos e é mais prevalente em mulheres, três vezes mais que em homens.
O que é esclerose múltipla
A esclerose múltipla é uma doença neurológica degenerativa e incapacitante que produz espasticidade muscular, especialmente nas pernas, e paralisia.
Costuma iniciar-se entre os 25 e os 30 anos e embora o seu curso tenha sido progressivo e com tratamentos ineficazes, na actualidade foram desenvolvidos medicamentos e terapias muito eficazes, a ponto de os atletas que sofrem desta doença poderem continuar a competir em mais alto nível.
esclerose múltipla e os olhos
Do ponto de vista oftalmológico, é importante saber que em muitos casos a doença começa a se manifestar com perda de visãoem um ou ambos os olhos.
O paciente comparece à consulta referindo diminuição da visão, que pode ser acompanhada de visão dupla. Isso ocorre devido à inflamação do nervo óptico, uma neurite óptica, origem da deficiência visual.
O oftalmologista, nesta situação, investigará a causa deste processo e com a ajuda do campimetria e eletrofisiologia, vai revelar a neurite e, por meio de uma ressonância magnética, pode ser feito um primeiro diagnóstico de esclerose múltipla, momento em que o neurologista especializado nesta doença deve agir.
A esclerose múltipla afeta os olhos
O motivo desta escrita é justamente este, enfatizar que um processo grave como a esclerose múltipla pode estrear com deficiência visual e que seu diagnóstico precoce é fundamental para estabelecer um tratamento adequado para o controle da doença. Uma diminuição repentina da visão é sempre motivo de preocupação e um alerta que deve nos alertar para a necessidade de ir ao oftalmologista, pois pode estar relacionado a outros problemas extraoculares graves.